O novo drama estrelado por Dwayne Johnson, Coração de Lutador: The Smashing Machine, lançado no início de outubro, surpreendeu negativamente nas bilheteiras. Com um orçamento de cerca de $50 milhões, o Coração de Lutador arrecadou pouco menos de $18 milhões até agora, mesmo sendo elogiado pela crítica e cotado ao Oscar 2026, especialmente na categoria de Melhor Ator
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| Créditos: Universal Pictures |
Apesar do prestígio do diretor Benny Safdie, conhecido por Joias Brutas, o filme parece não ter cativado o grande público, levantando questionamentos sobre as escolhas de carreira de astros tradicionalmente ligados à ação como Johnson.
Jason Statham tem razão sobre fazer os mesmos papéis
Jason Statham é um dos maiores nomes da ação moderna. Desde Snatch: Porcos e Diamantes até Carga Explosiva, ele construiu sua carreira em cima de personagens durões, rápidos no volante e imbatíveis nas brigas.
Em entrevista ao The Guardian, Statham explicou por que segue no mesmo tipo de papel há mais de 20 anos:
“Você não pode ter um restaurante de sushi e colocar torrada com queijo no menu. As pessoas vêm pelo sushi.”
Segundo ele, quando tenta sair do arquétipo do “cara que entra num carro, bate em alguém, atira em alguém”, o público não responde, e os estúdios não colocam dinheiro na mesa. Em resumo, o sistema o empurra a repetir fórmulas porque elas vendem.
O ele tem razão, olha a carreira de The Rock e seus sucessos:
Red Notice (Alerta Vermelho) Com Gal Gadot e Ryan Reynolds no elenco, Red Notice foi lançado pela Netflix e se tornou um dos filmes mais assistidos da história do serviço de streaming. A fórmula de ação, humor e estrelas de peso garantiu recordes de audiência e colocou o longa entre os favoritos do público.
Jumanji: Nível Seguinte: Dando sequência ao sucesso de Jumanji: Bem-vindo à Selva, Jumanji: Nível Seguinte consolidou o sucesso da nova franquia. O filme arrecadou mais de US800 milhões mundialmente, mostrando a força de Johnson no cinema de aventura e comédia.
Hobbs e Shaw: O spin-off da franquia Velozes e Furiosos, estrelado por Dwayne Johnson e Jason Statham, foi um sucesso de bilheteria global. Com muita ação e cenas explosivas, Hobbs e Shaw arrecadou mais de US 750 milhões, abrindo portas para uma possível sequência.
Velozes e Furiosos 4, 6, 7 e 8: A entrada de Dwayne Johnson na franquia Velozes e Furiosos foi um divisor de águas. Sua estreia no quarto filme trouxe um novo fôlego para a saga, e sua presença nos episódios 6, 7 e 8 ajudou a transformar a franquia em uma das mais lucrativas da história do cinema. Destaque especial para Velozes e Furiosos 7, que ultrapassou US$ 1,5 bilhão em bilheteria mundial.
O que eu penso sobre isso: Fazer os mesmos papéis?
A fala de Statham pode soar cínica, mas é brutalmente honesta. A indústria cinematográfica, especialmente em Hollywood, premia segurança comercial. Quando alguém como Dwayne Johnson tenta um papel mais dramático, o risco é alto e os resultados de The Smashing Machine provam isso.
Mesmo com talento e esforço visíveis, a tentativa de quebrar a imagem de “brucutu” muitas vezes não convence o público, que já associa o ator a explosões, músculos e frases de efeito.
Isso levanta uma questão incômoda: será que o público realmente quer ver seus astros favoritos em algo diferente? Ou preferem que eles continuem entregando o que já conhecem e consomem há anos?
Sobre o filme The Smashing Machine
Inspirado em fatos reais, The Smashing Machine traz Dwayne Johnson no papel de Mark Kerr, lutador de MMA que lida com vício em opiáceos, conflitos familiares e pressão emocional. O filme é intenso, emocionalmente carregado e apresenta Johnson numa atuação inesperadamente profunda e muito distante dos blockbusters que o consagraram.
A crítica tem sido generosa, colocando Johnson como um possível candidato ao Oscar. Mas a bilheteria morna mostra que nem sempre aclamação e interesse popular andam juntos.
Conclusão
Jason Statham pode ter mais razão do que se gostaria de admitir. Enquanto o público e a crítica pedem por autenticidade, complexidade e inovação, o sistema ainda recompensa a fórmula previsível, e cobra caro quando se tenta sair dela.
A trajetória de The Smashing Machine e o desabafo de Statham revelam o dilema central de Hollywood: arte ou negócio? E talvez, no fim, a resposta esteja nos bolsos… não nos aplausos.