Cinema angolano: Esses 5 filmes merecem a sua atenção.

Redação
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O cinema angolano, enraizado em uma rica herança cultural e histórica, tem florescido ao longo dos anos, proporcionando uma janela única para a vida e as experiências deste país africano.


Créditos: Geração 80


Neste contexto, destacaremos alguns filmes angolanos que se destacam no mundo, não apenas por sua qualidade cinematográfica, mas também por sua capacidade de transmitir as nuances da sociedade angolana.


O Grande Kilapy (2012)


Poster promocional


"O Grande Kilapy" é um filme angolano lançado em 2012, dirigido por Zézé Gamboa. O filme é uma comédia dramática baseada em eventos reais e se passa durante a década de 1970, em Angola, após a independência do país. A história gira em torno de Joãozinho, interpretado pelo Brasileiro Lázaro Ramos, um jovem angolano que se envolve em atividades fraudulentas para enriquecer durante um período de instabilidade política.


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O enredo aborda temas como corrupção, ganância e a complexa transição política após a independência de Angola. Joãozinho é um personagem carismático que representa a astúcia e o desejo de prosperar em meio à agitação pós-colonial. O título "O Grande Kilapy" refere-se ao termo angolano para um esquema fraudulento que em outras palavras podemos dizer "A Grande Dívida"


O filme destaca a rica cultura angolana e oferece uma visão única do país durante um período crucial de sua história. Além disso, a trama mistura elementos de comédia e drama, proporcionando uma experiência cinematográfica envolvente e reflexiva. Além do Lázaro, a obra ainda conta nomes como Pedro Hossi, o João Lagarto, a atriz Patrícia Bull e o São José Correia.


O filme O Grande Kilapy recebeu elogios por sua abordagem original, o desempenho de Lázaro Ramos e a capacidade de contar uma história relevante sobre os desafios enfrentados por Angola após sua independência. A obra contribui para a crescente cena cinematográfica africana, proporcionando uma narrativa local que ressoa internacionalmente.


Ar Condicionado (2020)


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Ar Condicionado é um filme angolano lançado em 2020, dirigido por Fradique. O filme faz parte do movimento cinematográfico emergente em Angola e é notável por sua abordagem inovadora e reflexiva sobre questões culturais e sociais contemporâneas.


A trama gira em torno de Matacedo, interpretado por José Kiteculo, um segurança que trabalha em uma em Luanda, capital de Angola. Um dia, ele se depara com um estranho evento: ao entrar no ar condicionado da loja para consertá-lo, ele descobre que outra pessoa, Zezinha, interpretada por Joana Jorge, já está lá dentro.


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O filme aborda temas de isolamento, mudança social e as divisões econômicas e culturais presentes em Angola. A narrativa é não convencional, explorando o surrealismo e a metáfora para expressar as tensões e contrastes na sociedade angolana contemporânea. O filme conta com José Kiteculo como Matacedo, Filomena Manuel como Zezinha, David Caracol como Mino, Tito Spyck como Tito, Filipe Kamela Paly como Filipe e Wilson Madradas como Wilson.


Ar Condicionado recebeu elogios por sua originalidade, cinematografia impressionante e a maneira como lida com questões culturais específicas de Angola. O filme é um exemplo de como o cinema angolano contemporâneo está explorando novas formas narrativas e expandindo as fronteiras do que pode ser abordado no contexto cinematográfico.


Além disso, a produção reflete a crescente presença de Angola na cena cinematográfica global, destacando a diversidade de vozes e histórias emergindo do continente africano. O filme contribui para a narrativa cultural e social angolana, oferecendo uma perspectiva única através de sua abordagem artística e provocativa.


Njinga: A Rainha de Angola (2013)


Lesliana Pereira
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"Njinga: A Rainha de Angola" é um filme angolano lançado em 2013, dirigido por Sérgio Graciano. O filme é uma produção histórica que se concentra na figura icônica de Njinga Mbandi, também conhecida como Njinga a Rainha Njinga, uma rainha e líder militar que desempenhou um papel significativo na história de Angola durante o século XVII.


A trama segue a vida e as realizações de Njinga, interpretada pela atriz Lesliana Pereira, destacando sua resistência contra a colonização portuguesa e sua busca pela autonomia e dignidade para seu povo. O filme aborda temas de luta pela liberdade, resistência cultural e a complexidade das relações entre colonizadores e comunidades africanas.


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"Njinga: A Rainha de Angola" é aclamado por trazer à tona a história muitas vezes negligenciada de uma figura central na resistência angolana à colonização. O filme mergulha nas nuances da vida de Njinga, sua liderança militar, diplomacia e a busca por independência em um contexto histórico desafiador. Além da Lesliana Pereira como Njinga, o filme ainda conta com a Ana Santos, Érica Chissapa como Kifunji e Sílvio Nascimento como Jaga Kasa Cangola


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A produção recebeu elogios por sua cinematografia, figurinos e performances, com destaque para a interpretação de Lesliana Pereira no papel principal. Além disso, o filme contribui para o reconhecimento da rica herança histórica de Angola e a importância de contar histórias africanas por meio do cinema.


"Njinga: A Rainha de Angola" não apenas oferece uma janela para o passado de Angola, mas também destaca a importância de preservar e celebrar as figuras históricas que desempenharam papéis cruciais na formação da identidade do país.


O Herói (2004)


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"O Herói" (2004), é uma produção angolana dirigida por Zézé Gamboa. Este filme é notável por explorar as cicatrizes deixadas pela Guerra Civil Angolana e pela busca da identidade nacional após o conflito.


A trama segue Vitório, um veterano da guerra que retorna à capital Luanda depois de muitos anos de combate. Ele é recebido com entusiasmo pela comunidade local, sendo considerado um herói. No entanto, Vitório enfrenta dificuldades ao tentar se reintegrar à sociedade e reconciliar-se com as mudanças ocorridas durante sua ausência.


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"O Herói" aborda temas de trauma de guerra, reconciliação e transformação pós-conflito. O filme oferece uma perspectiva humanizada sobre o impacto da guerra na vida dos indivíduos e da sociedade como um todo. O filme conta Oumar Makéna Diop como Vitório, Milton Coelho coml Manu, Maria Ceiça como Maria Bárbara, Patrícia Bull como Joana e Neuza Borges como Flora.


A obra recebeu reconhecimento internacional. Além do prêmio Sundance, The Hero recebeu prêmios de mais de vinte e cinco outros festivais de cinema. A direção de Zézé Gamboa e as performances dos atores contribuíram para a apreciação do filme, tornando-o uma contribuição significativa para o cinema angolano contemporâneo.


Na Cidade Vazia (2004)


Ate a ultima pedra filme angolano
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Conhecido também como Até a Última Pedra ou Hollow City, é um filme angolano lançado em 2004 e realizada pela Maria João Ganga. O filme é notável por explorar as consequências psicológicas e sociais da Guerra Civil Angolana, que ocorreu de 1975 a 2002.


A trama se passa em Angola durante o pós-guerra civil e segue a história de N'dala, um garoto de 12 anos que, após perder sua família na guerra, é acolhido por um casal idoso. Confrontado com a devastação deixada pelo conflito, N'dala busca compreender e superar as perdas enquanto tenta construir uma nova vida.


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O filme aborda temas como trauma de guerra, a importância da memória e a busca por identidade em um contexto pós-conflito. A narrativa oferece uma visão comovente da resiliência humana diante de circunstâncias extremamente desafiadoras.


Na Cidade Vazia recebeu reconhecimento internacional por sua abordagem sensível e realista. Maria João Ganga, a diretora, é conhecida por seu compromisso em retratar as experiências angolanas autenticamente, destacando questões sociais e culturais de seu país.


Esse filme é uma contribuição significativa para o cenário cinematográfico angolano e uma peça importante na representação do impacto duradouro da Guerra Civil Angolana na sociedade e nas vidas individuais.


Conclusão


O cinema angolano não apenas entretém, mas também educa e ilumina, oferecendo uma visão única da diversidade e da complexidade do país. Esses filmes representam um testemunho do talento cinematográfico em Angola, destacando histórias envolventes que ecoam além das fronteiras do continente africano. Ao apreciar essas obras, somos convidados a explorar a riqueza cultural e as experiências profundas que moldam a identidade angolana no cenário cinematográfico mundial.

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